“O colapso do SPI” na formação da Amazônia brasileira

CUNHA, Eliaquim Timóteo da. “O colapso do SPI” na formação da Amazônia brasileira: comparações entre Rondônia e Roraima. Revista Diálogos e Economia Sociedade. v.7, p.1 – 21, 2023. Link para o texto aqui

Resumo: esta proposição, objetiva-se discutir, de forma inicial, a presença das políticas indigenistas estabelecidas pelo Serviço de Proteção aos Índios – SPI no processo de formação de Roraima e Rondônia. É estabelecido um diálogo entre a Antropologia Social e a Historiografia; a leitura é realizada a partir dos documentos elaborados pelos agentes indigenistas. Esse material encontra-se no Núcleo de Biblioteca e Arquivo – NUBARQ do Museu do Índio/FUNAI. Para estudar a atuação do SPI nessas duas regiões, é preciso ter claro que as atividades da Inspetoria Regional do estado do Amazonas e Território do Acre administrou os territórios que correspondem aos atuais estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O recorte histórico dá-se na década de 1940, tendo em vista as reformas realizadas no SPI e a construção dos Territórios Federais. Com tal discussão, um dos pontos centrais é descrever como os conhecimentos construídos pelas atividades indigenistas tiveram participação na formação dos territórios reconhecidos hoje como Roraima e Rondônia. Destarte, destaca-se a noção de “escrita da tutela indigenista”, construída com o intuito de problematizar a construção das cartografias sociais promovidas pelo SPI, bem como o seu sistema de classificação, denominando as populações indígenas com atividades nas quais a autoridade e o poder de manipular a ocupação territorial estavam calcados nas políticas de expansão das fronteiras na formação do Brasil.
Palavras-chave: Política indigenista, Rondônia, Roraima; Serviço de Proteção aos Índios.


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