Timóteo da Cunha https://timoteodacunha.com Site em Construção Thu, 29 May 2025 17:50:41 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 Argonautas literatos: os usos da literatura no ensino técnico e tecnológico https://timoteodacunha.com/argonautas-literatos-os-usos-da-literatura-no-ensino-tecnico-e-tecnologico/ https://timoteodacunha.com/argonautas-literatos-os-usos-da-literatura-no-ensino-tecnico-e-tecnologico/#respond Thu, 29 May 2025 17:44:11 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=117 Projeto de ensino devolvido em 2024 no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, sob coordenação do professor Eliaquim Timóteo. O objetivo geral do projeto foi integrar a literatura contemporânea brasileira ao currículo do ensino técnico e tecnológico, promovendo uma análise interdisciplinar com ênfase sociológica. Através da leitura de obras de autores brasileiros, com destaque para autoras e autores negros, o projeto busca tornar o ensino mais envolvente e relevante, estimulando a compreensão das dinâmicas sociais, culturais e políticas do Brasil. Em um segundo momento, o projeto também contempla a interdisciplinaridade com outras áreas, como a Química, como um exemplo do uso da literatura no ensino técnico. Realizamos rodas de conversa e encontros de leitura para fomentar discussões e reflexões críticas, contribuindo para a permanência e êxito dos estudantes. Nesse ponto o projeto contou com a participação da professora Lilian Cavalcante, compartilhando leituras e experiências com sua formação em Química, assim contribuindo para o êxito do projeto.

Duas estudantes do Curso Técnico Integrado em Informática, Maria Luiza Oliveira Marcelino e Layleska Kauane Vieira da Silva, acompanharam as atividades e finalizaram sua participação com a realização de uma oficina sobre o livro Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, durante a 8ª EXPOTEC – Exposição Científica, Tecnológica e Cultural.

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Podcast – “Menos um Trouxa” https://timoteodacunha.com/podcast-menos-um-trouxa/ https://timoteodacunha.com/podcast-menos-um-trouxa/#respond Thu, 29 May 2025 14:45:52 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=94 O podcast “Menos um Trouxa” tem como proposta explicar, de forma acessível e contextualizada, os principais conceitos da Sociologia, Antropologia e Ciência Política. Conectamos esses conhecimentos a outras áreas, como História, Geografia, Economia e Informática. O título, intencionalmente provocativo e irônico, busca chamar a atenção do público jovem e reafirmar a importância de entender as bases científicas por trás das dinâmicas sociais, políticas e culturais.

Trata-se de um projeto de ensino, iniciado em 2025. Coordenado pelo professor Eliaquim Timóteo, vinculado ao Instituto Federal do Rio Grande do Norte – IFRN, no Campus Pau dos Ferros . A equipe de estudantes é composta por Ytalo Gabriel da Costa, Pedro Henrique Lopes da Silva e Hênio Gabriel de Souza Nunes, dos cursos técnicos integrados ao ensino médio de Informática e Alimentos.

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Etnocentrismo https://timoteodacunha.com/etnocentrismo/ https://timoteodacunha.com/etnocentrismo/#respond Thu, 29 May 2025 01:36:04 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=82 Plano de Aula: Compreendendo o Etnocentrismo

Ao final desta aula, os estudantes serão capazes de:
a) Definir etnocentrismo com precisão conceitual.
b) Identificar manifestações de etnocentrismo em contextos históricos e cotidianos.
c) Analisar criticamente os impactos do etnocentrismo nas relações sociais.
d) Contrastar etnocentrismo com relativismo cultural.


Etnocentrismo é um conceito central na Antropologia, cunhado por William Graham Sumner (1906), que descreve a tendência universal.

  1. Enxergar o próprio grupo (étnico, nacional, cultural) como o centro de referência para julgar outras culturas.
  2. Considerar seus valores, crenças e comportamentos como superiores, corretos ou “naturais” (auto-valorização).
  3. Avaliar outras culturas através dessa lente própria, resultando em desvalorização, estranhamento ou distorção do “outro” (hetero-desprezo).

O etnocentrismo opera pela universalização do particular (SUMNER, 2011, p. 89), enquanto o relativismo cultural exige que compreendamos os sistemas simbólicos em sua lógica interna (BOAS, 2010, p. 47).

“O etnocentrismo é a arma perfeita do colonialismo: primeiro inventa a inferioridade cultural, depois naturaliza a violência sobre os corpos que marca como ‘outros'” (GONZALEZ, 2020, p. 78).


Mecanismos Chave:

  • Universalização do Particular: Transformar costumes locais em padrões universais (“Aqui é assim, logo é o certo“).
  • Hierarquização Cultural: Criar escalas de “evolução” ou “civilização” com a própria cultura no topo.
  • Naturalização: Acreditar que os próprios hábitos são inatos, não construídos culturalmente.

A frase revela a raiz do etnocentrismo: confundir cultura (mutável, aprendida) com natureza (imutável, biológica). Reconhecer que hábitos são construções culturais é o primeiro passo para superar visões preconceituosas e celebrar a diversidade humana.

“Hábitos”:
Refere-se a práticas cotidianas (alimentação, vestuário, gestos, normas de higiene), valores morais (conceitos de certo/errado) ou códigos sociais (formas de cumprimento, organização familiar).
Exemplo:
Usar talheres para comer é um hábito cultural ocidental.
Comer com as mãos é um hábito cultural comum em partes da Ásia e África.

“Inatos”:
Supor que esses hábitos são:
Biológicos: “Nascemos sabendo que isso é o correto”.
Universais: “Todos os seres humanos naturalmente agiriam assim”.
Imutáveis: “Isso sempre foi e sempre será o normal”.
Exemplo:
Achar que a língua materna é “mais lógica” ou “mais fácil” que outras por razões inatas (e não porque foi aprendida na infância).

“Não construídos culturalmente”:
Ignorar que tais hábitos são:
Aprendidos: Transmitidos por socialização familiar/escolar.
Arbitrários: Resultado de histórias locais (não leis naturais).
Relativos: Variam conforme o contexto geográfico, histórico e social.
Exemplo:
silêncio em elevadores é uma norma cultural urbana, não um instinto humano universal.

Por que isso é problemático?
Segundo Claude Lévi-Strauss (Raça e História, 2019):
Essa crença leva a julgar outras culturas como “erradas” ou “primitivas”.

Naturaliza diferenças: Transforma diversidade em hierarquia (“nós somos evoluídos; eles são atrasados”).
Para Pierre Bourdieu (A Distinção, 2007):
É uma forma de violência simbólica: impor padrões culturais como verdades absolutas.

relativismo cultural (Franz Boas):
“Compreender que nossas verdades são tão culturalmente construídas quanto as dos outros”.

Manifestações:

  • Históricas: Colonialismo (“missão civilizatória”), imperialismo cultural, estereótipos racistas.
  • Cotidianas: Piadas preconceituosas, estranhamento de hábitos alimentares/vestimentas, desqualificação de práticas religiosas ou familiares diferentes.

Crítica Antropológica:
A Antropologia combate o etnocentrismo através do relativismo cultural (Franz Boas), que propõe:

  • Compreender cada cultura em seus próprios termos e contexto histórico.
  • Suspender juízos de valor baseados na própria cultura.
  • Reconhecer a diversidade cultural como inerente à humanidade, sem hierarquias pré-estabelecidas.

Impactos Negativos:

  • Discriminação, xenofobia, racismo.
  • Conflitos intergrupais, genocídios.
  • Invisibilização de saberes e identidades.
  • Obstáculo ao diálogo intercultural e à cooperação global.

Resumo Conceitual

1. Gênese e Definição
O etnocentrismo, sistematizado por William G. Sumner (Folkways, 1906), define-se como a universalização da própria cultura como métrica axiológica. Opera mediante uma dualidade estrutural: endogrupo glorificado (“nós“) versus exogrupos inferiorizados (“outros“). Essa lógica converte diferenças culturais em hierarquias naturais (SUMNER, 2011, p. 62), obliterando a alteridade.

2. Mecanismos Psicológicos
Como assinala Roque de Laraia (2018), o fenômeno origina-se de vieses cognitivos inerentes à socialização: a familiaridade com os próprios códigos gera estranhamento do diverso. Lévi-Strauss (Raça e História, 1952) acrescenta que tal processo reifica identidades, transformando contingências históricas em essências imutáveis. É, portanto, uma armadilha epistemológica.

3. Colonialidade e Poder
A crítica pós-colonial, como em Quijano (2000), revela que o etnocentrismo é instrumento de dominação: justificou a “missão civilizatória” europeia mediante a invenção da racialização (MUNANGA, 2019). Darcy Ribeiro (2022) demonstra como, no Brasil, serviu para negar humanidade a indígenas e negros, legitimando genocídios e epistemicídios.

4. Manifestações Contemporâneas
Na era global, assume novas roupagens: imperialismo cultural (disseminação de padrões ocidentais como universais) e xenofobia neoliberal (migrante como “ameaça”). Como alerta Boaventura Sousa Santos (2018), persiste na epistemologia das ciências sociais, que marginaliza saberes não-europeus. Exemplo: desqualificação de medicina indígena como “crendice”.

5. Crítica Antropológica Clássica
Franz Boas (Antropologia Cultural, 1940) cunhou o relativismo cultural como antítese metodológica: cada cultura deve ser analisada em sua própria lógica interna. Malinowski (Argonautas, 1922) comprovou que instituições “primitivas” (como Kula) possuem racionalidade complexa. Ambos desmontaram o mito da superioridade ocidental.

6. Limites do Relativismo
Clifford Geertz (A Interpretação das Culturas, 1978) problematiza: como conciliar respeito à diferença com violações de direitos humanos? Nancy Scheper-Hughes (1998) defende um relativismo crítico: rejeitar julgamentos etnocêntricos, mas não a denúncia de sofrimentos evitáveis (ex: mutilações genitais). Ética e cultura tensionam-se aqui.

7. Descolonização do olhar e feminismo
Lélia Gonzalez (1988) demonstra que o etnocentrismo opera interseccionalmente: além de hierarquizar culturas, racializa e generifica corpos. Em Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira, articula como mulheres negras sofrem dupla marginalização pelo padrão eurocêntrico. Propõe o feminismo descolonial como ruptura epistemológica, deslocando o centro do poder para vozes subalternizadas. Essa perspectiva exige reconhecer que toda cultura é campo de lutas por significação (GONZALEZ, 2020, p. 89).


Atividade

  • Em grupos: Analisar trechos de relatos históricos (ex: cartas jesuíticas, discursos colonialistas) ou notícias atuais identificando etnocentrismo.
  • Debate guiado: “Quais as consequências dessa visão?
  • Atividade “Espelho Cultural”: Os alunos listam 3 hábitos da própria cultura que julgam “normais” e imaginam como um estrangeiro poderia interpretá-los de forma etnocêntrica.
  • Discussão: “Como evitar o etnocentrismo no dia a dia?

Referências

BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Tradução: Celso Castro. 5. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.

BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. Tradução: Daniela Kern; Guilherme J. F. Teixeira. Porto Alegre: Zouk, 2017.

CARNEIRO, Sueli. Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Tradução: Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). Pensamento Feminista Brasileiro. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 75-94.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 26. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2018.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. Tradução: Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2019.

MALINOWSKI, Bronisław. Argonautas do Pacífico Ocidental. Tradução: Anton P. Carr et al. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278.

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 3. ed. São Paulo: Global Editora, 2022.

SANTOS, Boaventura de Sousa. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

SCHEPER-HUGHES, Nancy. A morte sem choro: violência cotidiana no Brasil. Tradução: Tânia Pellegrini. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.

SUMNER, William Graham. Folkways: Um estudo das importância sociológica dos usos, costumes, modos, costumes e morais. Tradução: Ana Maria Scherer. Petrópolis: Vozes, 2011.

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“Minhas raízes” entre o tradicional e o evoluído https://timoteodacunha.com/minhas-raizes-entre-o-tradicional-e-o-evoluido/ https://timoteodacunha.com/minhas-raizes-entre-o-tradicional-e-o-evoluido/#respond Thu, 29 May 2025 00:32:49 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=80 CUNHA, Eliaquim Timóteo da. “Minhas raízes” entre o tradicional e o evoluído etnografia e música ribeirinha/beradeira no rio madeira, Rondônia. Revista Saberes da Amazônia. v.06, p.23 – 66, 2021. Link para o texto aqui

Resumo: este trabalho aborda as performances do grupo musical Minhas Raízes. O grupo realiza atividades festivas no distrito de Nazaré, uma comunidade localizada à margem esquerda do Rio Madeira, pertencente à administração do município de Porto Velho/RO. Em 2010 e 2011, foi realizada uma etnografia do grupo Minhas Raízes, priorizando a atuação deste grupo na organização e participação no festejo de São Pedro. O festejo de São Pedro acontece em Nazaré e é organizado pelo grupo Minhas Raízes. A pesquisa aponta que os agentes sociais envolvidos almejam, entre outras coisas, a ressignificação da noção de “beradeiro”. O trabalho de campo foi realizado no distrito de Nazaré e na cidade de Porto Velho, por meio de entrevistas, conversas e observação participante. As fontes utilizadas para a construção do texto etnográfico foram as letras de músicas, bem como os chamados bioinstrumentos que aludem a alguns aspectos do cotidiano ribeirinho, promovendo debate sobre tradição e mudança social.
Palavras chave: Rondônia. Minhas raízes. Rio Madeira. Ribeirinho. Beradeiro.

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Odisseia Sociológica https://timoteodacunha.com/odisseia-sociologica/ https://timoteodacunha.com/odisseia-sociologica/#respond Thu, 29 May 2025 00:21:52 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=77 Odisseia Sociológica. Imagine que estamos embarcando em uma viagem épica para desvendar os mistérios da sociedade. Assim como na “Odisseia” de Homero, enfrentaremos desafios, encontraremos novos conhecimentos e, no final, voltaremos com uma compreensão mais profunda do mundo ao nosso redor. Ouça aqui no spotify.

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Cultura https://timoteodacunha.com/plano-de-aula-cultura/ https://timoteodacunha.com/plano-de-aula-cultura/#respond Thu, 29 May 2025 00:18:08 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=75 https://timoteodacunha.com/plano-de-aula-cultura/feed/ 0 “O colapso do SPI” na formação da Amazônia brasileira https://timoteodacunha.com/o-colapso-do-spi-na-formacao-da-amazonia-brasileira/ https://timoteodacunha.com/o-colapso-do-spi-na-formacao-da-amazonia-brasileira/#respond Thu, 29 May 2025 00:12:24 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=73 CUNHA, Eliaquim Timóteo da. “O colapso do SPI” na formação da Amazônia brasileira: comparações entre Rondônia e Roraima. Revista Diálogos e Economia Sociedade. v.7, p.1 – 21, 2023. Link para o texto aqui

Resumo: esta proposição, objetiva-se discutir, de forma inicial, a presença das políticas indigenistas estabelecidas pelo Serviço de Proteção aos Índios – SPI no processo de formação de Roraima e Rondônia. É estabelecido um diálogo entre a Antropologia Social e a Historiografia; a leitura é realizada a partir dos documentos elaborados pelos agentes indigenistas. Esse material encontra-se no Núcleo de Biblioteca e Arquivo – NUBARQ do Museu do Índio/FUNAI. Para estudar a atuação do SPI nessas duas regiões, é preciso ter claro que as atividades da Inspetoria Regional do estado do Amazonas e Território do Acre administrou os territórios que correspondem aos atuais estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. O recorte histórico dá-se na década de 1940, tendo em vista as reformas realizadas no SPI e a construção dos Territórios Federais. Com tal discussão, um dos pontos centrais é descrever como os conhecimentos construídos pelas atividades indigenistas tiveram participação na formação dos territórios reconhecidos hoje como Roraima e Rondônia. Destarte, destaca-se a noção de “escrita da tutela indigenista”, construída com o intuito de problematizar a construção das cartografias sociais promovidas pelo SPI, bem como o seu sistema de classificação, denominando as populações indígenas com atividades nas quais a autoridade e o poder de manipular a ocupação territorial estavam calcados nas políticas de expansão das fronteiras na formação do Brasil.
Palavras-chave: Política indigenista, Rondônia, Roraima; Serviço de Proteção aos Índios.

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Da tutela ao protagonismo https://timoteodacunha.com/da-tutela-ao-protagonismo/ https://timoteodacunha.com/da-tutela-ao-protagonismo/#respond Thu, 29 May 2025 00:04:20 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=70 CUNHA, Eliaquim Timóteo da. Da tutela ao protagonismo: a trajetória Cassupá em Rondônia. Mediações – Revista de Ciências Sociais. v.22, p.223 – 276, 2017. Link para o texto aqui

Resumo: Nesta oportunidade, o objetivo é descrever os deslocamentos vivenciados pela política indígena Cassupá, entre 1940 a 2013, no estado de Rondônia, fronteira entre Brasil e Bolívia. A pesquisa se embasa em leituras de documentos produzidos pelas instituições estatais (SPI, FUNAI e INCRA), bem como documentos produzidos e organizados pelos indígenas, isto é, não realizei prolongado trabalho de campo com os Cassupá. Não obstante, nos documentos elaborados pelos indígenas encontram-se explicações e questionamentos das vidas que foram silenciadas nas ações das políticas indigenistas. O processo pelo qual os Cassupá produzem, organizam e fazem releituras de documentos denomino como “narrar Cassupá”. O rompimento do silêncio, a partir da escrita, ressoou nas políticas indigenistas e nas políticas indígenas. Destarte, tratando-se do temário “Estado Brasileiro e os Povos Indígenas”, a pesquisa traz para discussão não somente a documentação produzida pelos agentes de Estado, além disso, e principalmente, é preciso ler e ouvir as vozes e as narrativas documentadas e as selecionadas pelos indígenas sobre as relações que julgam relevantes em suas trajetórias. O protagonismo indígena, neste caso, é evidenciado no narrar Cassupá. Narrar polifônico. O presente estudo demonstra isso partindo da observação de que este narrar é amálgama de diferentes lugares e referências sociais, é resultante dos critérios eleitos pelos indígenas, quer dizer, são eles quem falam sobre si e releem documentos que falaram sobre eles.

Palavras-chave: Cassupá, Rondônia, Deslocamento, Política Indígena, Protagonismo Indígena.

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De la tutela al protagonismo https://timoteodacunha.com/de-la-tutela-al-protagonismo/ https://timoteodacunha.com/de-la-tutela-al-protagonismo/#respond Wed, 28 May 2025 23:40:41 +0000 https://timoteodacunha.com/?p=67 CUNHA, Eliaquim Timóteo da. “De la tutela al protagonismo. La Trayectoria Cassupá en Rondônia, Brasil”. Aparicio, Alejandra Toscana y Levi, Liliana López. (Coord.) In: El desastre y sus fronteras perspectivas desde lo local. Ed.1. Ciudad de México: Universidad Autónoma Metropolitana. 2020, v.1, p. 325 – 349. Link para o texto aqui

El objetivo de este capítulo es describir los desplazamientos sufridos por el pueblo indígena Cassupá, entre 1940 y 2013, en el estado de Rondônia, frontera entre Brasil y Bolivia (véase mapa al final de este texto). La investigación se basa en lecturas de documentos producidos por las instituciones estatales (Servicio de Protección a los Indios, SPI; Fundación Nacional del Indio, Funai; e Instituto de Colonización y Reforma Agraria, INCRA), así como en documentos producidos y organizados por indígenas; es decir, no realicé prolongado trabajo de campo con los Cassupá. No obstante, en los documentos elaborados por los indígenas se encuentran explicaciones y cuestionamientos que fueron silenciados en las acciones de las políticas indigenistas. El proceso por el cual los Cassupá producen, organizan y hacen relecturas de documentos, lo denomino “narrar Cassupá”. El rompimiento del silencio, a partir de lo escrito, resultó en la diferenciación entre las políticas indigenistas y las políticas indígenas. De ese modo, el tema “Estado brasileño y pueblos indígenas” trae para la discusión no sólo la documentación producida por los agentes de Estado, además, y principalmente, es preciso leer y oír las voces y las narrativas documentadas y las seleccionadas por los indígenas sobre las relaciones que juzgan relevantes en sus trayectorias. El protagonismo indígena, en este caso, se evidencia en el “narrar Cassupá”. Narrar polifónico, que se demuestra partiendo de la observación de que éste es amalgama de diferentes lugares y referencias sociales, resulta de los criterios electos por los indígenas, es decir, ellos hablan sobre sí y releen documentos que hablan sobre ellos.

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